quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Como pode isso?????



Mais de 90% das adolescentes sabem como evitar a gravidez, mas não colocam a informação em prática.

99,4% das adolescentes conhecem a camisinha.





As adolescentes brasileiras de classe média baixa com gravidez indesejada cometem hoje os mesmos erros das adolescentes que poderiam ser suas mães e que engravidaram no início da década de 80. Dois estudos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), um realizado em 1979 e outro que está sendo concluído agora, mostram que, apesar da maioria das garotas conhecer métodos anticoncepcionais, o índice de gravidez permanece pela falta de prática na utilização desses métodos. 

Referência:
http://www.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/gravidez_precoce-pesquisa.shtml

Planejamento Familiar "Ajuda a prevenir gravidez indesejada"


Conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e também quem prefere adiar o crescimento da família. Controlar a fertilidade é o primeiro passo para planejar o momento mais adequado para ter filhos.
 Assegurado pela Constituição Federal e também pela Lei n° 9.263, de 1996, o planejamento familiar é um conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e também quem prefere adiar o crescimento da família. “Além de prevenir a gravidez não planejada, as gestações de alto risco e a promoção de maior intervalo entre os partos, o planejamento familiar proporciona maior qualidade de vida ao casal, que tem somente o número de filhos que planejou”. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), os programas de planejamento familiar foram responsáveis pela diminuição de um terço da fecundidade mundial, entre os anos de 1972 e 1994.


Referência
http://www.brasil.gov.br/saude/2011/09/planejamento-familiar

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

26 de Setembro.Dia mundial de prevenção da gravidez na adolescência.


Mais de um quarto das meninas e mulheres com idades entre 15 e 24 anos não usam anticoncepcionais ao iniciar a sua vida sexual. Muitas delas não têm consciência do fato de que isso pode ter consequências amplas e resultar em crises pessoais e sociais.
A gravidez indesejada e o número resultante de abortos frequentemente são causados pela falta  ou uso incorreto  de contraceptivos. Os jovens precisam receber educação sobre os contraceptivos para tomarem decisões conscientes sobre quando desejam tornarem-se pais.
O Dia Mundial de Prevenção de Gravidez na Adolescência ,26 de setembro, é uma iniciativa internacional que busca aumentar a conscientização e o conhecimento da contracepção e saúde reprodutiva.
O Dia Mundial de Prevenção de Gravidez na Adolescência é celebrado em cerca de 70 países no mundo inteiro, com muitas atividades em todo mundo. Várias ações chamam atenção para o uso responsável de métodos contraceptivos confiáveis, incluindo eventos de educação sexual em escolas e universidades, testes interativos na Internet, programas de entrevistas em rádios, publicações de livros, concursos de desenhos em camisetas, eventos beneficentes e atividades em geral. Um elemento da campanha é o website global www.your-life.com e o brasileiro www.vivasuavida.com.br, o qual oferece informações sobre contracepção e sexualidade.

Fonte : Vivasuavida 

Todos os dias, 20 mil adolescentes dão à luz.

Todos os dias, 20 mil adolescentes colocam uma criança no mundo, constata o relatório "O Estado da População Mundial" apresentado nesta quarta-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). As que não abortam (3,2 milhões todos os anos) ou morrem (70 mil) dão à luz 7,3 milhões de filhos de mães com menos de 18 anos - 95% delas em países subdesenvolvidos. E a maioria absoluta, em países africanos. Além dos riscos para estas jovens mães - muitas delas vítimas de casamentos arranjados -, que não têm o aparelho reprodutor plenamente desenvolvido, o estudo da ONU mostra que a gravidez na adolescência impacta a saúde das crianças e de toda a sociedade. Inclusive do ponto de vista econômico. Uma pesquisa realizada em 2012 pelo Banco Mundial no Quênia e citada pela UNFPA aponta que, se as mais de 220 mil adolescentes-mães do país pudessem trabalhar ao invés de cuidar dos filhos, o PIB do país cresceria em média US$ 3,4 bilhões anuais - o equivalente ao que movimenta o setor local de construção civil. Ao engravidar,as jovens abandonam os estudos, a possibilidade de se formar para um trabalho especializado e, em geral, passam a depender dos maridos ou companheiros. Apenas uma em cada dez mães menores de idade é solteira. As outras vivem com homens dos quais, via de regra, dependem. Com isso, o potencial das meninas não é atingido. De acordo com o relatório, os principais motivos para o problema são o casamento na infância, desigualdade de gênero, ausência de direitos humanos básicos, pobreza, violências sexuais, políticas públicas que restringem acesso a contraceptivos e educação sexual, falta de acesso a educação geral e pouco investimento no capital humano feminino. A agência aponta então quatro pressupostos para corrigir o problema - fortalecer as meninas, corrigir desigualdade de gênero, respeitar direitos humanos e reduzir a pobreza - e oito caminhos para se chegar lá. Para as garotas de 10 a 14 anos, a ONU recomenda intervenções preventivas. Os governos devem proibir o casamento de pessoas com menos de 18 anos, além de estabelecer políticas sérias de combate à violência sexual e acompanhar cada etapa da vida das meninas, principalmente com direito universal à escola. Garantir acesso aos direitos a saúde e segurança; educar homens e, principalmente, meninos, para que eles passem a fazer parte da solução e não do problema. Finalmente, é preciso que a comunidade internacional se comprometa com o desenvolvimento sustentável dos países pobres. É um longo desafio.
Fonte: Rfi português.

Gravidez na adolescência prejudica futuro da mãe e da criança, diz professor da UnB.

No Brasil, 12% das adolescentes de 15 a 19 anos tinham pelo menos um filho em 2010, segundo o relatório anual Situação da População Mundial do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), organismo da Organização das Nações Unidas (ONU), lançado esta semana. Neste ano, o tema é Maternidade Precoce: Enfrentando o Desafio da Gravidez na Adolescência. No país, o texto aponta que adolescentes pobres, negras ou indígenas e com menor escolaridade tendem a engravidar mais que outras adolescentes. A taxa é menor entre as jovens mais novas. Dados de 2009 mostram que 2,8% das adolescentes de 12 a 17 anos eram mães. "A taxa de natalidade de adolescentes no Brasil pode ser considerada alta dadas as características do contexto de desenvolvimento brasileiro", diz o relatório. Para essas jovens, a gravidez, na maior parte das vezes indesejada, representa o afastamento da escola e do mercado de trabalho, além da possibilidade de ter complicações de saúde relacionados à gravidez ou ao parto. "Além de se afastarem da escola, essas jovens não estão preparadas para cuidar do bebê, que acaba sendo cuidado pela mãe e pela avó. Essa criança não tem, em geral, as condições de um desenvolvimento adequado. A mãe acaba tendo o próprio futuro e o da criança prejudicados", avalia o professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), Vicente Faleiros, autor de estudos sobre adolescentes e políticas públicas. Ele aponta outro problema. "Longe da escola, essa menina tende a engravidar outras vezes", o que dificulta ainda mais a inserção nas escolas e no mercado. Cristina Rodrigues Sousa e Tássia Portela são jovens que passaram pela experiência de se tornarem mães antes dos 19 anos. Ambas tiveram que deixar os estudos para se dedicar aos filhos. Tássia tem 22 anos e está desempregada. Ela teve o primeiro filho com 17 anos e teve que criá-lo sozinha. "O meu filho vai fazer 5 anos em dezembro. O pai dele morreu quando ele tinha 10 meses, foi bem difícil. Foi em um acidente de carro. Eu morava com minha mãe". Ela começou a fazer uma faculdade, mas não terminou. Hoje, diz que não trocaria o momento que vive. "Você abre mão de certas coisas pra poder cuidar da criança. Apesar de ser nova, sou bem responsável e acho que sou uma boa mãe", disse Tássia. Já Cristina engravidou aos 18. Atualmente tem 28 anos e estuda. Ela diz que chegou a trabalhar, mas que "não deu muito certo". "Foi muito difícil. No início entrei em depressão, pois minha vida havia mudado completamente. Em vez de estar cursando uma faculdade, trabalhando, mas ali estava eu, com um filho. Não dormia mais, não tinha tempo de comer nem de arrumar a casa, roupas de bebê empilhada para lavar e passar", disse Cristina. Com o passar do tempo, ela conta que amadureceu. No entanto, ainda lembra da experiência de contar sobre a gravidez para o pai. "Meu pai sempre foi muito durão em relação a isso, não tive muita instrução sobre sexualidade. Como contar para o meu pai que eu estava grávida? Havia terminado recentemente o ensino médio, não trabalhava, e nem o pai do meu filho. Fiquei sem chão". Faleiros diz que a situação é recorrente. "Muitos pais não estão preparados para orientar os filhos". O professor acrescenta que, nos últimos quatro anos, observou mudanças nas políticas públicas brasileiras. Segundo ele, elas estão mais voltadas para uma atenção específica ao jovens e ao contexto em que estão inseridos, o que é positivo. "Não basta só olhar a barriga da jovem, tem que olhar o contexto, a relação com o pai da criança, que também tem que ser conscientizado. O país já está considerando a adolescente como pessoa, apesar de ainda ter o que melhorar", analisa.
Fonte: Agência Brasil.
A gravidez na adolescência constitui tema de grande relevância na realidade social brasileira. O enfoque tradicional relaciona a gravidez como indesejada e decorrente da desinformação sexual das jovens. O presente trabalho questiona essa posição, postulando a importância do significado individual da gravidez, que corre paralelo ao desejo universal de ter ou não ter um filho, bem como a noção de uma “gravidez social” determinada por fatores culturais e psicológicos que particularizam o significado da maternidade em adolescentes de classes populares. Conclui-se pela necessidade de reformulação das políticas públicas para com essa população.