Os dados do governo demonstram que o número de adolescentes entre 10 e 19 anos que se tornam mães no Brasil vem aumentando nos últimos quatro anos. Só no ano passado, elas responderam por cerca de 31% do total de partos realizados pelo SUS.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), entre 2011 e 2012, o total de filhos gerados quando as mães tinham entre 15 e 19 anos quase dobrou: de 4.500 para 8.300. Ainda segundo o IBGE, nessa faixa de idade 18% das mulheres já engravidaram ao menos uma vez.
Só no Brasil são cerca de 700 mil meninas sendo mães todos os anos e desse total pelo menos 2% tem entre 10 e 14 anos, sendo que elas não têm nenhuma preparação psicológica e nem financeira para poder dar um bom futuro a essas crianças.
O aborto no Brasil é uma prática proibida (exceto em alguns casos), mas vem sem realizado por essas adolescentes, pelo fato da maioria não desejarem a gravidez. Muitas adolescentes de classe média alta realizam o aborto, muitas vezes com o apoio dos próprios pais. Sendo o aborto realizado em clínicas especializadas, por um profissional qualificado.
Mas isso não significa que as adolescentes de uma classe social mais baixa não realizem a prática do aborto. Isso ocorre com certa frequência, mas diferentemente das meninas da classe média alta, esse aborto ocorre através de métodos caseiros ou que ofereçam um risco maior à saúde.
A gravidez na adolescência é uma questão complexa, devendo ser debatida por toda a sociedade. É papel dos pais dar todo o apoio necessário, conversando com a adolescente, explicando os riscos de uma gravidez precoce, informando e oferecendo métodos contraceptivos.
Fonte: gazetaonline
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